Um aliado mais esperto aproveitou a ocasião e trocou o status de aliado dela pelo de concorrente.
Sabe o que aconteceu?
O poder de barganha da presidente diminuiu. E aumentou o dos aliados.
Decodificando: a presidente da República, Dilma Rousseff.
...
A maior fatia do PT e os demais partidos que sustentam o governo de Dilma gostariam de ter Lula de volta à presidência. O próprio Lula gostaria de voltar.
Preparava-se para sair em caravana pelo país em defesa do PT, atingido pelo resultado do julgamento do mensalão, e dele mesmo - aquele que de nada sabia.
Sequer sabia que a sua fiel secretária Rosemary de Noronha estimulava tenebrosas transações dentro do governo. E que o levara a empregar quem seria preso depois pela Polícia Federal por suspeita de corrupção.
Pobre Lula!
Pois bem: para evitar o risco de ele se animar com a perspectiva da volta, Dilma procurou-o para uma conversa definitiva. Quer ser candidato? - perguntou-lhe. Lula negou. Ela insistiu. Ele negou.
Dilma disse que o apoiaria com entusiasmo caso ele sonhasse com um novo mandato. Lula negou pela terceira vez.
Dilma então pediu-lhe para que aproveitasse a festa de aniversário do PT e lançasse seu nome à reeleição. Lula lançou - sem entusiasmo convincente, admita-se.
Compreensível. Nem mesmo ele ainda é capaz de prever o futuro. E se por um motivo qualquer fosse obrigado a sair candidato no lugar de Dilma?
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