Lamentáveis as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a Igreja e o papa Francisco. Ficou com inveja de Cristina Kirchner. O páreo, a depender da área, é duro. Vejam a violência que as duas praticaram contra o Paraguai no caso do Mercosul. O tratado do bloco recusa o ingresso de ditaduras. Jogaram fora a democracia paraguaia e acolheram a ditadura venezuelana. Em certos quesitos, as duas se juntam como massa negativa. O resultado é inferior à soma das partes. Antes que trate das batatadas da hora, cumpre lembrar um pouquinho a trajetória recente do binômio “Dilma-Igreja”, sempre destacando que a presidente brasileira tem uma boa maneira de se preservar de críticas como esta: dispensando-se de tratar de assuntos sobre os quais não entende nada. A Presidência da República, com seu vasto palco para enganos e desenganos laicos, deveria lhe bastar. Seria prudente abster-se dos temas religiosos. Ou, então, que vá estudar o tema.
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Depois de comandar difamação do papa, Cristina, a Louca, tenta transformá-lo num chavista - Reinaldo Azevedo - VEJA
Estamos acostumados à falta de limites de Luiz Inácio Lula da Silva. Com frequência, vai muito além do razoável — ou do “rasoavel”, segundo a ortografia ora consagrada pela Escolinha do Professor Mercadante (ver post) —, escalando a montanha na megalomania com incrível agilidade. Mas ainda não é páreo para Cristina Kirchner, a presidente da Argentina. Resisto a ver traço de loucura em governantes; quase sempre, agem por método mesmo. No caso desta senhora, no entanto, a suspeita de patologia — progressiva — se mostra a cada dia mais plausível.
Ela esteve com o papa Francisco, depois de seus arruaceiros na Internet, liderados por Horacio Verbtisky, terem tentado difamar, inutilmente, o Sumo Pontífice. Como jogar o povo argentino contra o papa? O jornalista-pistoleiro Verbitsky já havia dado a senha em um de seus textos, ao lembrar o caso das Malvinas. Cristina cobrou a intermediação do papa na questão, a favor, é evidente, do pleito argentino. Quando apenas cardeal, Jorge Bergoglio chegou a dizer que as ilhas pertencem a seu país de origem.
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