"Total balbúrdia" -
Eliane Cantanhêde
O relator, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo
Lewandowski, vivem às turras, mas numa coisa concordam: o ex-diretor do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato é culpado. E mostram que o BB, instituição tão
respeitável, estava a serviço de interesses escusos.
Para Lewandowski, a área de publicidade do banco era uma "total balbúrdia",
serviços eram pagos e não prestados, 80 mil notas frias circulavam, rolava
propina. O dinheiro saía para a DNA de Marcos Valério por um lado e voltava em
parte para Pizzolato por outro.
Isso só seria possível se o próprio BB vivesse numa "total balbúrdia" no
governo Lula. E não foi por falta de aviso. Na reportagem
"PT é
acusado de 'politizar' comando do BB", publicada na Folha em 17/08/2003
--primeiro ano do mandato-- eu já alertava sobre o aparelhamento do banco.